segunda-feira, 7 de maio de 2018

É que 16 já cá cantam e eu não queria mais!...


O futuro é hoje

«Agora que a festa começa a arrefecer, depois de dois dias escaldantes, talvez não seja demasiado cedo para começar a pensar no futuro do FC Porto. Afinal, é lá que o clube vai passar o resto da vida e não vai estar sozinho.

No SL Benfica, Luís Filipe Vieira não voltará a cometer a imprudência de acreditar que todos os problemas se resolvem com o Seixal nem voltará a colocar as finanças à frente da equipa, desde logo porque os adeptos não lho perdoariam. Depois de uma época a zeros, que ainda pode ficar mais pobre se se confirmar a perda do segundo lugar, não é preciso ser bruxo para adivinhar um investimento considerável no reforço do plantel encarnado com o objectivo de recuperar o título.

No Sporting CP, Bruno de Carvalho vai repetir a fórmula dos últimos anos, armando Jorge Jesus até aos dentes com tudo o que o treinador lhe pedir o que, apesar de tudo, pode não ser tanto como nos últimos anos. Afinal, desta vez há uma base que vale a pena manter, se o clube for capaz de segurar jogadores como Gelson ou Bruno Fernandes.

No FC Porto, depois de encerrado o jejum de quatro anos e de quebrada a hegemonia do Benfica, o objectivo tem de ser garantir que este título é o ponto de partida e não a meta. A prioridade é óbvia: manter Sérgio Conceição. Parafraseando uma máxima do futebolês, em treinador que ganha não se mexe, especialmente depois de quatro anos de tiros ao lado. Segurar Conceição garante paz de espírito, que é coisa que não tem preço e que o FC Porto não conheceu nos últimos anos. Perdê-lo significaria esvaziar o balão e recomeçar do zero, um luxo a que o clube já não se pode dar. Depois, há o oxigénio que o apuramento directo para a Champions garantiu. As finanças do clube podem respirar outra vez, o que deverá facilitar renovações e permitir o reforço do plantel. Depois de tudo o que fez este ano, inclusive pelas finanças, Conceição merece bem atacar o próximo campeonato com as mesmas armas dos adversários.»
(Jorge Maia, Opinião, in O Jogo)

Se eu fosse jornalista, naturalmente começaria já "hoje" a "botar lenha para dentro do forno" para de seguida lhe atear um fósforo, já que com dois meses sem futebol pela frente, teria de garantir, tanto o sustento da família, quanto a comidinha que os afectos exigem.

A minha sorte será não ser jornalista e ter garantido no tempo e no modo certos, o sustento da minha gente e do meus afectos. De modo que apenas pensarei na próxima época depois de sofrer as agruras com que o Funchal e o Jamor inevitavelmente, porque sportinguista, me hão-de contemplar.

Para já, certezas apenas encontro na equipa S23, no central Marcelo, no extremo Raphinha e no avançado Marco Túlio. Quanto ao resto, se Patrício e William vão ou ficam, se Shoya Nakajima atravessa a rua ou fica do outro lado, se o Coentrão fica em Alvalade ou regressa a Madrid e se o JJ já tem em carteira o seu substituto, serão tudo matérias que hei-de pensar em tratar no dia 21 de Maio, com a Champions no bolso e a Taça a tiracolo.

Só tenho pena que o Bruno possa vir a "repetir a fórmula dos últimos anos", conforme diz o Jorge Maia...

É que 16 já cá cantam e eu não queria mais!...

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. 16! Para mim, são 2. O Sporting ganhou o campeonato há 2 anos. Não oficializar esta vitória é estar a homolugar a trafulhice do iMpériio Lampiónico!

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